A indústria cultural e o grande público

A INDÚSTRIA CULTURAL E O GRANDE PÚBLICO

Alguns estudiosos dizem que estamos fazendo uma transição da Era da Comunicação de Massa para a Era dos Computadores. Sem dúvida, os computadores e os celulares, por exemplo, têm se tornado meios significativos no âmbito da comunicação social. Mas devemos nos lembrar que os veículos tradicionais não estão sendo substituídos, eles persistem, atuando eficazmente nas sociedades do mundo inteiro. O surgimento dos primeiros meios de comunicação de massa (jornais, folhetins, teatros de revista, operetas, cartazes) originou uma nova cultura: a cultura de massa, que se desenvolveu na medida em que a evolução tecnológica prosseguiu, até os dias atuais. Essa cultura (também conhecida como midcult) difundiu-se através da chamada Indústria Cultural. É através da indústria cultural que a criação tende a se tornar produção. E, como em todo sistema industrial, sua produção de massa destina-se ao consumo máximo – essa lógica tem levado a indústria cultural, nos seus diversos setores, a buscar um público universal. Para isso, ela torna assimiláveis a um homem médio ideal, os mais diferentes conteúdos, alem de adotar estratégias tipicamente industriais como a padronização de seus produtos (o que não impede a individuação dos mesmos) e a divisão do trabalho. A partir do século XX, nos EUA e na Europa, particularmente, pode-se dizer que a indústria cultural atingiu seu objetivo: a cultura industrial é o único grande terreno de comunicação entre as classes sociais, o que tem gerado uma homogeneização de costumes. Essa tendência homogeneizante é ao mesmo tempo uma tendência cosmopolita, podendo-se dizer que a cultura industrial já esta organizada de modo internacional. Há uma grande em torno da indústria cultural: para seus adversários, os apocalípticos, ela produz ou acelera a degradação do homem – essa função seria a alienação. Para os adeptos dessa indústria ou