A importância do sujeito da Psicanálise e sua contribuição para a Enfermagem
Em uma linguagem comum, pessoa, indivíduo, sujeito e cidadão, são palavras empregadas com o mesmo sentido. Na linguagem médica é possível observar na maioria das vezes o uso da palavra indivíduo, que quer dizer de acordo com o dicionário houaiss: “qualquer ser concreto, conhecido por meio da experiência, que possui uma unidade de caracteres e forma um todo reconhecível.” Ou seja, tudo pode ser considerado indivíduo, inclusive uma barata. Como vou falar da enfermagem e da psicanálise, vou me ater ao conceito e uso de indivíduo e sujeito. Na medicina, considera-se muito o quadro de sintomas físicos descritos pelo paciente devido a pressa em se fechar um diagnóstico, com o foco na patologia, a voz do paciente já não dirá tanto de si uma vez que já se conhece visivelmente a causa, o diagnóstico, o tratamento. Essa voz tão necessária durante o cuidado em saúde, tende a ficar desvalorizada pelo foco no indivíduo. Essa observação só é possível a partir do momento que tenta se aprofundar nas conceituações dessas denominações tão presentes na área da saúde e outras áreas de grande abrangência popular. Passa-se a conhecer o sujeito, graças a influência da psicanálise, tão necessária em todas as clínicas, e tão pouco acessada, devido a um diálogo ainda limitado entre todas as áreas. Por isso também, a necessidade de estímulo à interdisciplinaridade, capaz de somar conhecimentos e promover aprendizado. A psicanálise nos apresenta o sujeito, não apenas o sujeito expresso em uma das definições do dicionário: “numa proposição, termo de que se fala, de que se afirma ou se nega algo, e ao qual se predicam propriedades, qualidades ou determinações.” mas sim o sujeito discutido por Freud e Lacan. Freud desenvolveu o conceito de inconsciente, que influencia fortemente a existência do sujeito e que lhe marca. Através de suas escutas a pacientes, ele pôde assim ressignificar o sujeito, que