A Import ncia dos cidos graxos
A importância dos lipídios na nutrição e desenvolvimento humano é reconhecida há muitas décadas. Os ácidos graxos (AG) são constituintes estruturais das membranas celulares, cumprem funções energéticas e de reservas metabólicas, além de formarem hormônios e sais biliares.1 Dentro da diversidade dos AG, existem aqueles que o organismo tem capacidade de síntese, porém outros não. Esses AG cuja biossíntese é inadequada são denominados ácidos graxos essenciais (AGE): ácido linolênico (w-3) e ácido linoléico (w-6). Para suprir a demanda orgânica, os mesmos devem estar em quantidades suficientes na alimentação. Vários estudos apontam que sua utilização traz benefícios para a saúde humana, prevenindo enfermidades cardiovasculares, câncer de cólon, doenças imunológicas e favorecendo o desenvolvimento cerebral e da retina.1-4
O w-6 e o w-3 são considerados precursores dos ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (AGPICL): Ácido araquidônico (AA), ácido eicosa-pentaenóico (EPA), e ácido docosahexaenóico (DHA).3 O ácido araquidônico (série w-6) tem grande importância nos primeiros meses de vida, sendo constituinte de estruturas celulares e precursores de mediadores inflamatórios.5 O DHA (série w-3) é considerado o AGPICL mais importante no desenvolvimento neonatal e juntamente com o AA são os principais componentes dos AG cerebrais.1,6 Nos últimos anos, diversos estudos têm investigado a importância dos AGPICL na alimentação do recém-nascido para obter o máximo potencial de desenvolvimento neurológico. Portanto, eles são considerados nutrientes fundamentais para o perfeito desenvolvimento cerebral e visual do bebê antes e após o nascimento.5,7-10 A inquestionável notabilidade dos AGE e de seus derivados estimulou a elaboração desta revisão, cujo objetivo foi buscar na literatura as informações recentes sobre a relação daqueles nutrientes no período gestacional e neonatal. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizando as