A identidade feminina

4171 palavras 17 páginas
O Discurso Feminino Ao longo da história, a figura da mulher foi produzida de diferentes formas comumente com perspectivas bastante negativas. Isso ocorreu nas diferentes hierarquias, como por exemplo, no poder político, poder religioso ou até mesmo cultural. Segundo RAGO (2004, pg. 579), ao longo dos séculos, as figuras femininas foram vistas como frágeis e infelizes para os jornalistas, perigosas e “indesejáveis” para os patrões, passivas e inconscientes para os militantes políticos, perdidas e “degeneradas” para os médicos e juristas. Isso tudo era visto como uma maneira de enquadrar o sujeito mulher, determinar a sua identidade da forma que desejavam e que já era assim. Nas primeiras décadas do século XX, o casamento foi o principal fator relacionado aos discursos femininos, ou seja, a mulher era vista apenas como uma figura no âmbito do casamento, principalmente, nos anos de 1940 e 1950. O objetivo dos pais das garotas jovens era casar suas filhas e educá-las de maneira que fossem “boas moças” para mais tarde conseguirem um pretendente para casamento, RAGO
(2004, pg.610) diz que boas moças eram, as moças de família as que se portavam corretamente, de modo a não ficarem mal faladas. Tinham gestos contidos, respeitavam os pais, preparavam-se para o casamento, conservavam sua inocência sexual e não se deixam levar por intimidades físicas com rapazes, mantendo-se virgens até o matrimônio. Era necessário, ou até obrigatório a intervenção do pai no futuro de sua filha, de modo que seu papel de pai /autoridade tinha de ser mantido para a sociedade, caso acontecesse o contrário perderia sua moral social, para um homem dessa década isso era o fim. É através do casamento que se personificavam as identidades das mulheres (do “passado”), a dedicação à casa, aos filhos, ao marido era única e exclusivamente funções ligadas as mulheres e esses eram seus deveres nada além disso. Esses focos tinham de serem mantidos, pois se uma fugisse

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