A Identidade Cultural Hall Filosofia

A identidade cultural na pós-modernidade, Stuart Hall, DP&A Editora, 1ª edição em 1992, Rio de Janeiro, 11ª edição em 2006. (Tradução: Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro)

Fabiane Freire França1 Márcia Aparecida Felisberto dos Santos2

No livro A identidade Cultural na pós-modernidade, Hall tem o objetivo demonstrar como ocorreu o processo de transformação da identidade cultural bem como discorrer acerca da crise de identidade que se dá pelo processo de fragmentação dos conceitos até a chegada à pós-modernidade.
De acordo com Hall, as sociedades do fim do século XX passam por mudanças estruturais que afetam o cenário cultural que antes era estável como gêneros, sexualidade, etnia, raça, nacionalidade, e essas transformações influenciam na formação cultural dos povos que se dividem entre os velhos e os novos conceitos que vão surgindo desde meados do século.
Tais transformações são decorrentes, principalmente pela quebra de teorias clássicas como o iluminismo que agregava visões racionalistas e individualistas, dando espaço para a ideia de que o próprio sujeito é responsável por seu reconhecimento cultural tendo em vista que a identidade é própria, essencial e se desenvolve com o crescimento e vida do sujeito.
O autor aponta que esse processo se deu em cinco momentos principais, sendo o primeiro pela corrente Marxista, com a teoria do materialismo dialético que apresenta que o sujeito é preso às suas condições históricas tanto na formação como nas transformações de suas relações sociais, que o reconhecimento do sujeito é ligado à sua historicidade mesmo que na construção de mudanças sociais.
Um segundo momento apontado por hall foi à descoberta do inconsciente, que segundo Freud, seria o grande responsável pela formação cultural do sujeito pelos processos psíquicos e simbólicos do inconsciente que são intermediários das