A história do jornal estado de s. paulo
Por ter sido o pioneiro em venda avulsa no país – o francês Bernard Gregoire, montado num burro, oferecia o jornal em todos os recantos da cidade –, o jornal A Província de São Paulo foi ridicularizado por outros jornais que concorriam com ele – Correio Paulistano, fundado em 1854, e Diário de São Paulo, fundado em 1865, ambos extintos –, mas a estratégia de venda deu certo, aumentando a tiragem do jornal. Quando surgiu, o jornal tinha quatro páginas e uma tiragem de 2.025 exemplares. A tiragem foi aumentando e, em 1896, já estava em 10 mil o número de exemplares publicados.
Somente em janeiro de 1890, após a queda da Monarquia e instituição da República no Brasil, é o que o jornal A Província de S. Paulo passou a circular com o nome de O Estado de S. Paulo. E quando o então redator-chefe Francisco Rangel Pestana se afastou do jornal, o jovem redator Júlio Mesquita assumiu efetivamente a direção do Estadão e deu início a uma série de inovações. Uma das ideias colocadas em prática foi a contratação pelo jornal da agência Havas, então a maior do mundo, para dar mais agilidade às notícias internacionais.
Estadão Impresso
A modernização do jornal acompanhava o crescimento da cidade de São Paulo, tanto que, ao final do século XIX, O Estado de S. Paulo já era o maior jornal de São Paulo, superando o Correio Paulistano. A partir de 1902, o jornal passou a ser de propriedade exclusiva da família Mesquita.
Ao apoiar a causa aliada na Primeira Guerra Mundial, a comunidade alemã na cidade não se conformou e retirou todos os anúncios do jornal.