A história da cidade de belo horizonte-mg

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho é um resultado, ainda em caráter preliminar e exigindo aprofundamentos, de uma pesquisa que realizamos sobre a história da cidade de Belo Horizonte, como tudo se formou e como a engenharia teve seu desenvolvimento. O objetivo principal deste trabalho é mostrar a evolução da engenharia, dos processos mais simples usados em tempos passados até hoje na era do modernismo.

Em 1920, Belo Horizonte era uma jovem Capital, plantada e cultivada nas serras do Curral nos anos 1890 para ser uma cidade do futuro, centro político-administrativo de um Estado que se adaptava aos novos tempos adindo com a Proclamação da República. A construção da cidade era vista com certo tom inaugural pelos republicanos: esses novos tempos precisavam ser materializados, o que no caso se deu com a transferência da capital antiga Ouro Preto para uma nova especialidade. A nova temporalidade associada ao progresso para se concretizar, precisava de um espaço de representação. A cidade planejada traduziria um novo modelo viver: o de uma vida cosmopolita e racional.

No começo, tudo estava por ser feito: não só prédios, ruas e esgotos, também as instituições e a vida social. Até a década de 20, o atendimento das necessidades culturais da população belorizontina por parte do Estado deixava muito a desejar: Por exemplo, apenas em 1908 se iniciou a construção de grupos escolares (o primeiro foi inauguração em 1914; até então, o ensino das crianças era feito em casas particulares e igrejas). Isso explica em parte pela extensão dos trabalhos da comissão construtora, só concluídos em 1915, em parte devido à crise econômica decorrente da Primeira Guerra Mundial e do endividamento do Estado. Os editores da Vita, revista cultural e literária que circulava na capital em suas primeiras décadas, dão noticia do quanto havia a fazer para a promoção da vida social e intelectual:

Belo Horizonte, oprimida também pela terrível