A gestão das organizações orientada por processos
Armando Vieira e Alexandra Marques1 “Para que uma organização funcione de uma forma eficaz, necessita de identificar e gerir numerosas actividades interligadas. Uma actividade utilizando recursos, e gerida de forma a permitir a transformação de entradas em saídas, pode ser considerada como um processo....A aplicação de um sistema de processos dentro de uma organização, juntamente com a identificação e as interacções destes processos e a sua gestão, podem ser referidas como sendo a abordagem por processos”. [ISO 9001:2000]. Nos últimos anos têm-se vindo a desenvolver várias abordagens para gestão de organizações orientadas a processos. O Business Process Management (BPM) é uma filosofia de negócio que, nesta óptica, se destina a criar organizações ágeis, capazes de transformar os seus processos de negócio de modo a atingir os resultados pretendidos. O BPM envolve pensar os processos de negócio das organizações de forma a que estes possam alterar-se e adaptar-se, de forma contínua, às necessidades de mercado e às condições económicas, politicas e sociais do meio envolvente. O desenho, execução e optimização dos processos de negócio é integrado com o desenho e planeamento das outras dimensões importantes da organização, nomeadamente, pessoas, sistemas e estratégia. Quais as vantagens das organizações que adoptam abordagens de gestão orientadas a processos? A modelação e execução dos processos de negócio conduz a uma visão integrada da organização, interdepartamental, derivada da estratégia, com foco nas necessidades do cliente e fazendo o melhor uso dos recursos da organização e das competências dos colaboradores. Esta será a chave para aumentos de produtividade na realização das actividades de negócio e portanto maior competitividade. Em reconhecimento disto, os processos começam a ser encarados como “assets” de uma organização, devendo ser valorizados e explorados como tal. O conhecimento sobre si própria, gerado