A formação de professores antes e depois do tecnicismo

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ANTES E DEPOIS DO TECNICISMO

Geovanna Santos [e-mail] Amanda Vieira [e-mail] Resumo
No texto abordaremos a formação de professores antes e depois do tecnicismo, traçando uma cronologia de acontecimentos e reformas no ensino brasileiro, até chegarmos à lei de Diretrizes e bases da Educação nacional, fazendo um parâmetro sobre o fracasso do tecnicismo e a formação dos professores na atualidade.

Palavras-chave: Formação de professores, Tecnicismo.

Abstrat

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1. Introdução

Em 1974, na Alemanha, surgiu o primeiro curso para a formação de docentes que ficou conhecido como Escola Normal. Tratava-se de uma escola que deveria servir de norma ou modelo para as demais unidades escolares que preparavam alfabetizadores. A partir de então, os demais países da Europa e da América adotaram este modelo (LUZURIAGA, 1961).
Para Reis Filho (1995), a primeira instituição com o nome de Escola Normal surgiu na França em 1774, e foi proposta por Lakanal. Ele afirma que: “Durante o século XIX, com o mesmo nome da instituição francesa, difundiu-se em vários países a escola de formação de professores primários: Inglaterra, em 1835; Brasil, 1835; e nos Estados Unidos, em 1838” (REIS FILHO, 1995, p. 149).

Na América Latina, a primeira Escola Normal foi fundada em 1835 no Brasil, mais precisamente na cidade de Niterói-RJ, e foi, aliás, a primeira escola do continente das Américas de caráter público, já que nos Estados Unidos as que existiam eram todas particulares (ROMANELLI, 2003).
Já em São Paulo pode-se dizer que a tentativa de introdução de um curso de formação para professores não foi grande sucesso. Criada em 1846, nesta escola, só podiam estudar homens, e após 20 anos de funcionamento, cerca de 40 professores haviam se formado. Em 1867 ela deixou de existir (AZEVEDO, 1963; TANURI, 1979).
Em 1875 foi instalada outra Escola Normal, mas, para Fernando de Azevedo (1963),