A formação das almas

992 palavras 4 páginas
“A Formação das Almas: o Imaginário da República no Brasil” em que o autor analisa o período que engloba o processo que leva a Proclamação da Republica no Brasil. Carvalho inicia seu argumento a partir da conclusão que defendeu em obra anterior denominada “Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que Não Foi“. De acordo com ele a participação popular na dita revolução que levou a proclamação da República do Brasil pode ser considerada nula, porém ainda restava a esta questão um olhar mais apurado o qual o autor se atem apropriadamente em A Formação das Almas. Este olhar mais apurado se deu através de uma análise dos discursos, ou das ideologias, ou mesmo dos modelos políticos conflitantes no período em questão e que pretendiam fornecer as diretrizes do novo governo.
José Murilo de Carvalho afirma que houve grupos com diferentes preceitos ideológicos, conflitantes, cujo resultado das disputas daria contorno ao formato da política do país. Havia três correntes ideológicas disputando o controle do que viria ser a república: o liberalismo americano, o jacobinismo francês e o positivismo. Dentro dessas correntes predominavam dois conceitos diferentes de liberdade. A liberdade da democracia direta clássica em que povo sai para a praça pública para deliberar sobre a política do Estado (defendida pelos Jacobinos); e a liberdade da democracia representativa com um líder eleito em que a população tem liberdade de propriedade, de religião e de opinião, liberdade individual (defendida pelos Positivistas e Liberalistas). O autor ressalta que maior importância deve ser dada a como estes modelos foram apropriados não somente pelas elites intelectuais, mas por parte da população como se figuraram estes discursos políticos. Os modelos importados de política tiveram que adaptar-se a realidade do Brasil, uma nação sem identidade, sem um povo. Esta ausência de um povo não está, seguramente, devido a falta de um contingente populacional, mas sim devido a não participação deste

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