A filosofia de Aristóteles
Platão concebia a existência de dois mundos: aquele que é apreendido por nossos sentidos, o mundo concreto, que está em constante mutação; e outro mundo, o abstrato, o mundo das ideias, imutável, independente do tempo e do espaço, que nos é acessível somente pelo intelecto.
Para Aristóteles, existe um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos bases sólidas para empreender investigações filosóficas. Aliás, é o nosso deslumbramento com este mundo que nos leva a filosofar, para conhecê-lo e entendê-lo.
Aristóteles sustenta que o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nesse sentido, ele não acreditava e não via razões para acreditar no mundo das ideias ou das formas ideais platônicas.
Porém, conhecer o mundo da experiência, "concreto", foi um desejo ao qual Aristóteles se entregou apaixonadamente. Assim, ele descreveu os campos básicos da investigação da realidade e deu os nomes com que são conhecidos até os nossos dias: lógica, física, política, economia, psicologia, metafísica, meteorologia, retórica e ética.
A filosofia de Aristóteles dominou verdadeiramente o pensamento europeu a partir do século XII e a revolução cientifica iniciou-se no século XVI, somente onde a filosofia aristotélica foi dominante.
As afirmações científicas de Aristóteles são totalmente desmentidas nos dias de hoje e a principal razão disso é que nos séculos XVI e XVII os cientistas aplicaram métodos quantitativos ao estudo da natureza inanimada, assim a Física e a Química de Aristóteles são irremediavelmente inadequadas em comparação com os trabalhos dos novos cientistas.
Apesar do alcance abrangente que as obras de Aristóteles possuiram tradicionalmente, os acadêmicos modernos questionam