A Filosofia da Hist ria na Perspectiva nietzscheana

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A Filosofia da História na Perspectiva nietzscheana: Uma crítica ao seu constante conflito entre os glorificadores da vida e da eternidade e entre os "ressentidos" pessimistas e otimistas no âmbito das classes sociais. Contrapondo-se à tese recorrente no âmbito da filosofia, (re) iniciada nos tempos modernos com o qual haveria uma dissociação muito clara entre razão e emoção ou moral e sensibilidade, Nietzsche procura, ao decorrer de sua extensa atividade intelectual, refutar o dualismo que nada explica acerca dos motivos de nossas ações. Pelo contrário, segundo o pensador alemão, o dualismo moderno nos impede de apreendermos de maneira adequada a diversidade da essência (ou das essências) dos valores morais construídos pelos diversos segmentos filosóficos e históricos. Ainda mais, o dualismo, tornado quase que um axioma da filosofia histórica dos pensadores posteriores (não isento de críticas incisivas de Nietzsche), obstacularizaria o nosso conhecimento dos constantes conflitos irreconciliáveis entre segmentos e classes sociais que surgem ao longo da história.

Insistindo que essa perspectiva filosófica é "antinatural", o nosso filósofo irá expor de que maneira tal "antinaturalismo" ocorre. Em diversos textos Nietzsche verifica que correntes filosóficas antinaturais e negadoras da vida surgem e ressurgem na história da filosofia e, portanto, somos deparados com um eterno retorno que, dentre outras coisas, se define pela tensão entre homens "viris" e "corajosos", afirmadores e vivificadores da existência (exaltação de tudo o que há na vida de bom e ruim), e entre racionalistas "frios" ou "covardes" que rejeitam o que a vida oferece em sua completude.

Deste modo, Nietzsche explica que a ascensão do pensamento histórico se dá pelo "esgotamento de vida" originária do intelectualismo modista da Alemanha na época, que visava recobrar através da história, a não repetição da barbárie. Para nosso filósofo, a concepção advinda da história não se redimiria pelo

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