A EXTRATERRITORIALIDADE texto para cibercultura

UFES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
Thais Helena da Silva Leite
EXTRATERRITORIALIDADE
modus vivendi
Texto apresentado na disciplina de Cibercultura, do curso de Cinema e Audiovisual, no 1º semestre de 2015, ministrada pelo profº Sérgio.

2015.

A EXTRATERRITORIALIDADE
No processo de dissolução de culturas protegidas localmente, as pessoas adquirem novos significados enquanto lugar das imagens: levam consigo suas imagens a outros lugares ou viajam com elas para novas épocas. É necessário um novo conceito de cultura, para detectar as marcas (pisadas) dessa difusão da tradição ligada a corpos individuais e suas histórias. (BELTING, 2007, p. 75)1. A geração imagética do século XXI se relaciona com o mundo com suas imagens criadas, inventadas, montadas, copiadas... , as que selecionou... se apossa dos lugares, personaliza, personifica,imagens que fazem parte de sua lista, do seu álbum, do seu flickr, do seu facebook, do seu site, do seu universo virtual. E definem o ser no tempo. O conceito de lugar, território, espaço sofre uma ressignificação; “ao invés de visitarmos as imagens em lugares determinados, na atualidade visitamos os lugares das imagens”. (BELTING, 2007, p. 77). O lugar como unificador, aquele que dá sentido ao cotidiano, que tem sua rotina e essa rotina compõe um conjunto de referências, de experiências presenciais está deixando de ser comum. O conceito de pertencimento está caindo em desuso. Ser urbano como ilusão do múltiplo e ao mesmo tempo não ser de lugar nenhum, morar na cidade para estudar, trabalhar, chegar cansado em casa, ter vários eventos para frequentar (e muitas vezes, ser convidado por várias pessoas, para vários eventos), dá uma significância de participação, de fazer parte de algo, de um grupo, dá identidade. A identidade urbana. Uma identidade que não compromete, não cria compromisso, muito menos vínculo. O ser formado por um roll de compromissos, de escolhas virtuais. Imagens. Lugares. Sentimentos que pululam