A egiptóloga brasileira

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A egiptóloga brasileira Margaret Marchiori Bakos comenta: Verificamos que, de diversas maneiras, em jogos quietos ou nos muito agitados, explicitamente homenageando um deus ou em atitudes descontraídas, os antigos egípcios demonstraram que era preciso, em certos momentos, deixar o trabalho de lado e divertir-se. Ela também esclarece que muitos jogos da antiguidade tinham uma função mágica e que os deuses e sua mitologia costumavam permear as atividades lúdicas. Um exemplo frisante disso é a deusa Hátor, cujo epíteto a qualifica explicitamente como a deidade de todos os prazeres. Outro egiptólogo, Pierre Montet, afirma que os egípcios eram jogadores. Os esposos e os amigos jogavam por passatempo. Até os inimigos podiam resolver por meio do jogo um diferendo qualquer.
Em síntese, os jogos de tabuleiro eram muito comuns no antigo Egito e pessoas de todos os níveis sociais os jogavam. Muitos deles foram achados por arqueólogos, mas as regras que explicavam como jogá-los não sobreviveram. Estudando os tabuleiros dos jogos e outras evidências, os peritos fizeram algumas suposições sobre a forma como eles poderiam ter sido jogados. Entre os jogos de mesa podemos citar o senet, o cobra circular e o jogo do escudo.
O primeiro aparece em inúmeras cenas pintadas nos túmulos e, ao que parece, era muito popular e acessível a todas as camadas sociais. Quanto ao segundo, estava associado à divindade conhecida como Mehen. Do terceiro restaram apenas tabuleiros, mas nenhuma indicação de como funcionava.
Outro jogo muito parecido com o senet era o "das vinte casas", chamado tjau pelos egípcios. Um velho passatempo que data dos tempos de Império Antigo, sobreviveu até o Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.). Os tabuleiros mais velhos existentes foram feitos durante a XVII dinastia (c. 1640 a 1550 a.C.). Ao lado vemos um exemplar desse jogo, cujas regras não conhecemos. Apenas sabemos que era disputado por duas pessoas usando cinco peças, as quais parecem ter sido as mesmas empregadas

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