a diversidade linguística na escola
Ainda é muito complicado para muitas pessoas a diferença existente entre língua e gramática normativa. No meio social, quem não domina a norma culta da língua, ou seja, a gramática normativa é discriminado. Não há como falar desse tipo de preconceito linguístico sem mencionar o preconceito social em relação às condições econômicas e regionais. E por incrível que pareça, a classe desfavorecida é quem mais sofre com este tipo de preconceito por não obedecer às normas estabelecidas pelo ensino tradicional das normas gramaticais.
O português falado no Brasil é diferente do falado em Portugal. Não que o brasileiro fale errado, mas a variedade que a língua portuguesa sofre devido à diversidade cultural que é abrangente a todas as línguas, a todos os espaços e a formas de expressão. Quando observado o português de acordo com cada região, não se deve relacionar a variedade da representação da palavra escrita à forma como ela é pronunciada. Se essa relação acontece, a escrita é supervalorizada e a variedade da língua desvalorizada, destacando, assim, o preconceito linguístico.
Quando a norma culta é imposta como verdade absoluta nas escolas, o aluno passa a não se expressar livremente não desenvolvendo suas habilidades linguísticas. A forma como o português é ensinado nas escolas, geralmente, é muito complicada, pois é um ensino à base de regras impostas que deverão ser aplicadas em situações que a maioria não vivencia. Isso torna a compreensão da língua materna complexa. Se o aluno é capacitado a diferenciar a forma de escrever da forma de falar, com o tempo, saberá como e onde usar cada uma delas. Mas para tal, o professor não deve se prender apenas à imposição do uso da norma culta, às imposições ortográficas, mas sim à compreensão do verdadeiro sentido da produção escrita do aluno que é construída da forma que ele percebe sua realidade e a realidade que o cerca. O professor deve utilizar experiências vividas pelos alunos, para