A descrição segundo Othon M. Garcia
representação verbal de um objecto sensível (ser, coisa, paisagem), através da indicação dos seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam, que o distinguem."
Descrever não é enumerar o maior
número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais singulares, mais salientes; é fazer ressaltar do conjunto uma impressão dominante e singular. Dependendo da intenção do autor, varia o grau de exactidão e minúcia na descrição.
O texto de base descritiva tem como
objetivo oferecer ao leitor /ouvinte a oportunidade de visualizar o cenário onde uma acção se desenvolve e as personagens que dela participam;
A descrição está presente no nosso
dia-a-dia, tanto na ficção (nos romances, nas novelas, nos contos, nos poemas) como em outros tipos de textos (nas obras técnicocientíficas, nas enciclopédias, nas propagandas, nos textos de jornais e revistas); A descrição pode ter uma finalidade
subsidiária na construção de outros tipos de texto, funcionando como um plano de fundo, o que explica e situa a acção (na narração) ou que comenta e justifica a argumentação;
Físico
É a perspectiva que o observador tem do objeto; pode determinar a ordem na enumeração dos pormenores significativos. Enquanto uma fotografia ou uma tela apresentam o objecto de uma só vez, a descrição apresenta-o progressivamente, detalhe por detalhe, levando o leitor a combinar impressões isoladas para formar uma imagem unificada. Por esse motivo, os detalhes não são todos apresentados num único período, mas pouco a pouco, para que o leitor, associando-os, interligando-os, possa compor a imagem que faz do objecto da descrição.
A descrição pode ser apresentada de modo a manifestar uma impressão pessoal, uma interpretação do objecto. A simpatia ou antipatia do observador pode resultar em imagens bastante diferenciadas do mesmo objecto. Deste ponto de