a descrença no sistema de preços

NÓBREGA, Maílson da. A descrença no sistema de preços. Veja, São Paulo, edição 2365, p.22, março 2014.

Introdução O artigo de Maílson da Nóbrega, tenta passar para o leitor como a descrença no sistema de preços, que tem como função regular a oferta e demanda para que não haja desabastecimento, importações em demasia ou o racionamento, pode afetar a economia de forma drástica, aproveitando para fazer uma crítica superficial às decisões tomadas recentemente pelo governo brasileiro em relação a energia elétrica e combustível, que acabaram por desencadear uma alta na inflação, devido ao desequilíbrio de oferta e demanda.
Maílson da Nóbrega é um economista formado pela Faculdade de Ciências Econômicas Contábeis e de Administração do Distrito Federal (CEUB), que atualmente escreve quinzenalmente para a revista veja desde 2005.
O sistema de preço representa para as nações uma prosperidade, já que o papel dele é emitir sinais para a produção, consumo e distribuição de rendas. Muitos produzem e consomem sem se conhecer entre si, dentro de um sistema que permite um melhor uso dos recursos e disso vem a eficiência que gera ganhos de produtividade. Os preços administram a escassez, porém a crescente complexidade da economia mostrou que há situações que o sistema de preços pode não funcionar, como no caso dos monopólios e oligopólios que podem dominar o mercado e ditar preço em detrimento do consumidor, ou pode não emitir os sinais necessários como no caso da poluição de um automóvel. Nesses casos, cabe ao estado intervir para estimular a competição e para fazer as fábricas instalarem tais equipamentos. Os países que vivem o sistema comunista não obtiveram êxitos por não terem o sistema de preços, ficando assim distantes da competição, inovação e produtividade. Substituir a industrialização por importação, acabou ajudando a atrapalhar o sistema de preços a se enraizar dentro da sociedade e sem competição, as empresas formavam monopólios, oligopólios e assim ditavam os