a descoberta da infância

4111 palavras 17 páginas
A descoberta da infância

A descoberta da infância começou, sem dúvida, no século XIII e sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e XVI. Mas os sinais de seu desenvolvimento tornaram-se numerosos e significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII.

Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la, o que nos leva a pensar que não houvesse lugar para a infância nesse mundo. Esse desinteresse é mostrado nas pinturas dessa época, pois essas pinturas sempre que mostravam figuras de crianças, o que acontecia em raríssimos casos, mostravam imagens de uma nudez de crianças com musculatura abdominal e peitoral de um adulto, ou seja, eram apenas figuras de pessoas pequenas com corpo de adultos.

O século XIII continuou fiel a esse procedimento, de modo que, na Bíblia as crianças são representadas com maior frequência, mas nem sempre caracterizadas por algo além de seu tamanho. Vemos, assim, que no mundo das fórmulas românicas, e até o fim do século XIII, não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido. Isso pode ser explicado pelo fato de que a infância era um período de transição que passava rápido e cuja lembrança era logo perdida.

As crianças não tinham grande importância naquela época pois não se pensava que elas já tivessem personalidade de um homem e morreriam facilmente e em grande número, pensando-se, assim, que mal elas entravam na vida e já estavam muito susceptíveis à morte. Desconfia-se que a criança era tão insignificante que quando morria não se temia que ela voltasse para importunar os vivos.

No século XIII surgiram alguns tipos de imagens de crianças um pouco mais próximas do sentimento moderno. Isso ocorreu com a aparição da imagem de anjos e logo depois, no século XIV, apareceram os modelos ancestrais de todas as crianças pequenas da história da arte: o menino Jesus, ou Nossa

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