a deliciosa frescura do VINHO

VINHO? Uma deliciosa “frescura”

Olá, enófilos!
Mais uma vez, obrigado pela companhia.
É sempre bom tê-los por aqui e conseguir fazer deste encontro semanal uma bela proposta para degustarmos um vinho. Mas, por que não dizer um bom vinho? Não posso assim dizê-lo, posto que, muitos dizem que os rituais impostos pelo vinho são “frescura”, e que vinho é tudo igual. Será? Como já vimos anteriormente, o nosso nobre fermentado é cheio de particularidades. O ar, o clima, o solo, a localidade, ou seja, os fatores naturais podem alterar o sabor e o tempo de vida do vinho. A mão do homem entra como complemento e a tecnologia vem por ultimo, para corrigir as possíveis falhas desta nobre e secular bebida. Agora, imaginem que se a própria mãe natureza exige esse cuidado todo, porque o homem se acha no direito de tratá-lo com desdém? Então, vamos lá! Quais são os fatores determinantes em um bom vinho? Será que preço é tudo? Quem nunca viu ou conhece alguém que viu uma pessoa em uma festa, enfiando o nariz em uma taça de vinho, e achou algo do tipo, “mas que frescura!” E por que raios a pessoa que vai beber o vinho faz aquela pose de entendido, roda o tal do vinho dentro da taça, aspira, exibe um ar de enlevo e diz que o aroma (buquê só para vinhos com mais de 10 anos) lhe faz lembrar os bosques da margem esquerda do rio Senna, no final da primavera? E será que o sujeito sentiu tudo isso mesmo, ou é só “frescura” mesmo? Na verdade, de tudo um pouco há. Da mesma maneira que é “frescura” escrever, desnecessariamente, de forma invertida, também há muita “frescura” sobre o jeito que se consome o vinho hoje em dia. Há muita gente que não entende absolutamente nada, não sabe por que está rodando o vinho na taça, mas acha bonito fazer aquilo. Ou pensa que soa bem em uma roda de amigos dizer algo do tipo, “mas que belas lagrimas têm esse vinho!”, sem fazer a menor idéia do que significa isso.
A “frescura” provoca inibição e preconceito. As pessoas que não têm algum