A cultura da mídia
Kellner, 2001. pg. 28 a 35
Em 1950 teóricos sociais previam sociedades pós-industriais onde o conhecimento e a informação seriam o “princípio axial” em torno do qual a sociedade se organizaria.
Durante os anos 70 começaram a surgir boatos de que a modernidade estava acabada e a partir daí uma explosão de discursos sobre pós-modernismo, alguns teóricos argumentando que as sociedades contemporâneas com suas novas tecnologias, formas de cultura e experiências de presente, são integrantes de uma ruptura em relação à vida moderna.
Os “midiólatras e tecnomaníacos”, conforme o autor, são vistos como caçadores/coletores de informação e entretenimento, desafiados a sobreviver a uma sobrecarga de “infoentretenimento” e a processar uma espantosa quantidade de imagens e ideias.
Ao mesmo tempo, economistas políticos começam a defender que entramos numa sociedade “pós-fordista” em que o regime de acumulação caracterizado pela produção e pelo consumo de massa, pela regulação estatal da economia e por uma cultura de massa homogênea estão sendo substituído por regimes mais flexíveis de acumulação. Empresas transnacionais substituem o Estado-nação julgando a nova era de produção global. Outros falam de capitalismo desorganizado, crises de legitimação, novos riscos, problemas ecológicos, desagregação da comunidades, abismos entre ricos e pobres, doenças mortais...
As mudanças exigem novas respostas teóricas e políticas para interpretar nossa situação social e para esclarecer problemas, conflitos, desafios e possibilidades contemporâneas. Daí, estudos culturais, porque a cultura desempenha um papel cada vez mais importante em todos os setores da sociedade, com múltiplas funções em campos que vão do econômico ao social e estudando pode clarear alterações significativas que tem ocorrido na cultura e na sociedade.
Na economia a cultura modela as demandas de consumidores, produzem necessidades e moldam os consumistas. Na política as imagens midiáticas