A crise na educação

A crise na educação

A crise na educação é um assunto tão corriqueiro, que às vezes nem o notamos. É tão comum saber de pais que foram brigar com professores, crianças na quarta série ainda semi-analfabetas, e cotas e mais cotas criadas de forma desenfreada para dar ‘oportunidade’ a todos... Educação de qualidade é um dos direitos de todos os cidadãos, mas até agora, não é realmente cumprido. Na realidade, ensino de qualidade tem aquele que puder pagar por ele. Não pelo fato de não existir qualificação aos professores da rede publica, mas sim por não haver qualidade num ambiente com salas extremamente lotadas, falta de infra-estrutura, e falta de apoio político-social. É natural ainda, aceitarmos o fato de que agora os professores poderão receber aumento por mérito, ou bônus, desde que sua escola tenha um bom desempenho no saresp, sem fazer distinção nos níveis de aprendizado de cada aluno em cada escola, ou então que agora só não faz faculdade quem não quer, pois vivemos cercados pelo pensamento hegemônico de nossa sociedade burguesa, diariamente firmado por nossos políticos que nos apresentam propagandas com pensamento semelhante a: na minha escola tem duas professoras por sala, e tem até banda larga, mãe! Ou seja, o professor grevista, reclama de barriga cheia, pois poderá receber um belo aumento, contando ainda com apoio de outro professor na sala, isso é, se merecer! O que falta na sociedade atual e até mesmo na classe desunida dos professores, é a coragem de dividir-se numa contra-ideologia, e não aceitar as condições impostas pelo Estado. A crise só não é produtiva quando tentamos solucioná-la com fórmulas velhas; com isso pode-se concluir que é possível construir um mundo novo, com as bases do velho. Educar é viver, como falou John Dewey, um dos mais influentes pensadores na área da educação contemporânea.