A crise na Argentina

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Efeitos
Para Paulo Márcio Mello, professor de economia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o fato de a Argentina ser o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, com 8,27% das exportações, atrás de China e EUA, basta para que o país sinta efeitos da crise.
A relação comercial também é lembrada por Virene Matesco, professora de Economia da FGV. "Trata-se do nosso terceiro mercado, tanto de importação quanto de exportação. É um parceiro importante, e não interessa a ninguém tê-lo com problemas. Nosso fluxo comercial com eles será diretamente afetado, não há dúvida."
A economista destaca que as pequenas e microempresas da região sul, que segundo ela são responsáveis por 45% das exportações brasileiras, devem ser bastante afetadas, já que vendem grande parte de sua produção para o país vizinho.
Quanto às projeções otimistas do FMI, ela contesta e diz que seria o mesmo que afirmar que uma crise em Portugal não afetaria os demais membros da zona do euro. "É claro que afeta. É verdade que quem está com mais problemas na América Latina são Argentina e Venezuela, onde há confluência de crises política e econômica e que os outros estão melhores. O Peru vem crescendo, o Chile é muito bem administrado, o México é impulsionado a voltar a crescer junto com os EUA. Mas haverá impactos", diz.
Fernando Ribeiro, professor de Economia do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa, de São Paulo), relembra, no entanto, que a substituição dos produtos comprados do Brasil pelos fabricados em solo argentino não deve ser tão fácil. "O espaço para isso é limitado. Eles estão num processo de desindustrialização desde 1973. É de se duvidar que a Argentina tenha capacidade para isso a curto prazo", indica.

Quanto à possibilidade de a instabilidade argentina afetar o apetite dos investidores internacionais no Brasil, os economistas ouvidos pela BBC Brasil são cautelosos.
Paulo Márcio Mello, da UERJ, acredita que o investidor pode agir de forma "emocional e

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