''A criança Geopolítica observando o nascimento de um novo mundo"

A primeira visão da obra, precisa ser feita muito minuciosamente, pois uma obra com tamanhas graciosidades precisa ser bem observada, percebe-se que cada elemento do quadro faz parte de uma grande teia que os conecta, formando quase um texto grafado em desenho.
Já olhando calmamente, podemos deixar nossa mente adentrar a imagem sem nenhuma espécie de terror, um grande processo de interpretação com foco de partida o planeta terra que como plástico está sendo rasgado por um homem, que nasce do continente norte-americano, demonstrando a força do capitalismo nos E.U.A.
O planeta fica manchado de sangue, causado pelo rompimento do homem em sua abertura, do lado do planeta uma mulher, talvez, aos pés ela tem uma criança, aparentemente assustada.
Tentando entender melhor as linhas da imagem textual, esta aparente mulher estaria olhando para a terra, a mulher representa a mãe natureza, tal como Deus e Adão foram representados na Capela Sistina por Michelangelo, diante desta comparação a mulher estaria assistindo sua própria destruição e renascimento, nos levando a uma ideia renascentista.
A suposta mulher, aponta para o continente Europeu, que mantinha uma hegemonia político-social até o fim da Segunda Guerra, e o homem rompe no continente Norte-Americano, isso nos leva a pensar sobre o Nascimento representeado na América e a morte simbolizada na Europa, e também no extremo norte do continente africano, observa-se a queda de uma lágrima.
Portanto esta lágrima representa a tristeza do continente Africano envolvido em tantas guerras, pois muito de seus países permaneciam colonizados pelos Europeus e Americanos que estavam em guerra.
O sangue que escorre com o rompimento, representa as consequências de guerra que foram sangrentas para todos os lados, também demonstra quantas guerras precisaram, quanto sangue precisou ser derramado para que aquele novo ser nascesse, a nova potencia mundial se rompesse.
A interpretação mais aceita sobre a criança, seria que ela é