A cozinha Baiana

A COZINHA BAIANA
A cozinha baiana tem forte influência africana em sua formação, além disso, também conta com muitos pratos que foram adaptados pelo engenho do negro e influências portuguesas. Como exemplo vale citar a bacalhoada portuguesa que ganhou novo sabor com o azeite de dendê e o leite de coco, bem como toda sua doçaria que passou a ser feita com leite de coco e carimã seca no lugar da farinha (Cascudo, 2008).
As comidas de origem Africana sofreram algumas modificações devido a necessidade de utilizar produtos da terra no seu preparo e no empenho em conquistar o paladar do branco. Assim deve ter sido feito com grande variedade de comidas de milho, arroz e feijão que provém de uma mesma linha-tronco. As comidas africanas são representadas principalmente por: abará, acarajé, xinxim, efó, caruru, vatapá e moqueca, todas essas “comidas de santos” que tem forte ligação ao candomblé (Cascudo, 2008).
Com o turismo, essas influências gastronômicas têm sido cada vez mais destacadas com caráter exibicionista, trazendo a falsa idéia de que a culinária baiana se resume em pratos nadando em azeite de dendê e pimenta (Cascudo, 2008).
Afinal, o que se come Bahia? Para começar a descrever a alimentação na Bahia, devemos citar os famosos tabuleiros, bandejas onde serve-se uma infinidade de preparações doces e salgadas como: cocadas de vários tipos, amendoim doce, milho debulhado, queijadinha, melado com coco, batata-doce cozida, beijo de estudante, bolinho de tapioca de grelha, alféloa, mingaus, cuscuz, mocotó, feijoada, sarapatel, feijão de leite, caruru, rabada, acarajé, abara, etc (Cascudo, 2008).
Os cardápios festivos incluem feijoada com lingüiça, sarapatel, vatapá, caruru, galinha ou peru assado, galinha ao molho pardo, lombo cheio, carne de porco, macarronada e com menos freqüência os meninicos, bacalhoadas, sarrabulhadas, polvos, lagostins, etc. Frigideiras, omeletes, bolinhos e saladas também podem ser considerados pratos de festa e de visitas.
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