A Comunicacao Pedagogica E A Virtaulidade Em Ambientes De Aprendizagem

5340 palavras 22 páginas
A Comunicação Pedagógica e a virtualidade em ambientes de aprendizagem

Samira Fayez Kfouri1 - Unopar e Uel

Elisa Maria Assis2-Unopar

Resumo: O objetivo desta investigação foi analisar e avaliar como e com quais características a comunicação pedagógica apresenta-se nos Ambiente Virtuais de aprendizagem, enquanto categoria educacional e comunicativa, baseada numa perspectiva interativa, colaborativa e social. Este estudo foi o resultado de análise através da metodologia da pesquisa, de natureza qualitativa, num percurso em que se procura analisar o fenômeno das TIC e sua relação com a Comunicação Pedagógica em ambientes virtuais de aprendizagem em cursos de graduação. Percebeu-se uma fragilidade nos debates, cuja ênfase ainda é de cunho quantitativo e não qualitativo quanto ao alcance e na utilização das mesmas.

Palavras-chave: Comunicação Pedagógica; Tecnologias da Informação e da Comunicação; Educação

Ao analisar um processo educacional, seja ele de que ambiente for faz-se necessário situar historicamente o processo que o criou e desvele seus ranços para a promoção de seus avanços.
Vem do sociólogo francês Pierre Bourdieu (2007) uma das referências mais fortes em relação ao risco da comunicação pedagógica, que é aquele associado ao conceito de violência simbólica: “A força e a estrutura das ações de violência simbólica vão definir o poder arbitrário e o arbitrário cultural, além das condições de reprodução e conservação das estruturas sociais” (Bourdieu, 2007, p. 32). Para Bourdieu, toda ação é objetivamente uma violência simbólica, enquanto imposição de um arbitrário cultural pelo poder arbitrário. Assim, pela relação de força, a violência é exercida pelo processo da comunicação pedagógica e pelo discurso de inculcação, que se posicionam como dominantes quando um material simbólico escolhido pelo professor de forma arbitrária afeta a ação pedagógica.
Em obra mais recente, sobre a teoria da ação, Bourdieu (2007, p. 53-54) propõe o que chamou de

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