A Carta De Evaristo De Morais Ao Seu Mentor E Amigo Rui Barbosa Nos Faz Refletir Sobre Os Valores Ticos Que Permeiam O Oficio Da Advocacia

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A carta de Evaristo de Morais ao seu mentor e amigo Rui Barbosa nos faz refletir sobre os valores éticos que permeiam o oficio da advocacia. Deveria Evaristo de Morais negar ao aflito pedido de Mendes de Tavares, um de seus grandes inimigos político, para atuar em sua defesa?
Mendes de Tavares fora acusado de mandante de um crime de homicídio. O crime teve como vítima o capitão-de-fragata Luís Lopes da Cruz, o motivo do crime, aparentemente foi passional. Na época do fato a mídia divulgava informações e acusações contra Luís Lopes da Cruz a repercussão do caso se deu de tal forma que muitos o julgavam “indigno de defesa”. Não é incomum nos depararmos com julgamentos feitos no mundo midiático em desfavor do réu. Hoje, isso se dá ainda de forma mais acentuada devido à tecnologia da informação que permite que milhares de informações sejam enviadas a milhares de pessoas ao mesmo tempo, informações essas que nem sempre correspondem com a realidade dos fatos. Evaristo tinha uma missão difícil a enfrentar, não só pela repercussão negativa do caso perante a mídia, mas também por não se sentir confortável em defender um inimigo político. Então ele resolve escreve para seu líder político Rui Barbosa e tem uma grande surpresa ao ler sua resposta. Rui Barbosa, em sua resposta, aborda os principais aspectos da Ética Profissional. Para ele não em que se falar em causa indefensável, por mais macabro que seja o crime, pelo qual o acusado responde, ele deve ter direito de ser defendido por um advogado. O advogado é indispensável ao serviço da Justiça, sua função não é somente defender o réu de uma acusação, mas também garantir o cumprimento das garantias constitucionais, além disso, cuidar pela legalidade dos tramites processuais. Com isso ele visa garantir os direitos do legais do acusado, o qual se encontra numa posição desfavorável dentro do sistema. Sob este prisma Rui Barbosa escreve “A defesa não quer o panegírico da culpa, ou do culpado. Sua função consiste e m ser, ao

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