A capacidade deraciocínio da criança

A CAPACIDADE DE RACIOCINAR DA CRIANÇA
Estamos em constante processo de aprendizagem, em que novos saberes se unem, a saberes preexistentes para se transformar em um saber superior. Todo conhecimento é construído ao longo do tempo, não é um processo repentino, que acontece da noite para o dia, nem tão pouco uniforme.
Com os algoritmos não é diferente, todo saber que envolve o aprendizado dos algoritmos também é um processo de construção. Processo este, que ocorre de dentro para fora, em uma interação constante com o ambiente, seja ele físico ou social. Em seu livro (Desvendando a aritmética: Implicações da teoria de Piaget) Constance Kamii defende a idéia de que as crianças reinventem a aritmética pelo fato de que “o conhecimento lógico-matemático é o tipo de conhecimento que cada um pode e deve construir por meio de seu próprio raciocínio” (KAMII, 1995, p. 55).
A partir da afirmação de Kamii, podemos constatar que cada pessoa tem a capacidade inata de raciocinar, e reformular seu raciocínio para edificar seu conhecimento. A criança, apesar de muitos ainda se manterem com uma visão bitolada quanto ao ensino da aritmética, tem a capacidade de aprender por seus próprios meios, é evidente, contudo, a importância do direcionamento de um adulto (professores ou pais), mas sem interferências e imposições, deixando a criança livre para criar seu próprio universo de aprendizagem.
Ao longo da história verifica-se, que nossos “ancestrais” inventavam e reinventavam os algoritmos para que melhor fizessem uso deles, ou seja, para que melhor compreendessem e utilizassem. A proposta de Kamii é que os educadores não transmitam os conteúdos dos algoritmos “de forma pronta e acabada”. É claro que as crianças precisam desse contato com as formas de construção de nossos “ancestrais”, mas não podem ficar limitadas a isso, precisam ter contatos também com outros processos de construção, construídos por elas mesmas.
Até serem substituídos pela escrita, nossos ancestrais usaram diversos