A Biografia Involunt Ria Dos Amantes
“Juntos, matámos o javali”, terá sido o ponto de ignição para que a história crescesse como uma trepadeira que apenas precisa de ser encaminhada para o céu. Dois homens, sentados num banco do posto da polícia de Caldas de Reis, revivem, nostalgicamente, os seus atribulados passados deparando-se com aquilo que saltava à vista de todos, eles eram homens sós.
Solidão e nostalgia serão, de fato, as palavras de ordem para esta obra. Um poeta mexicano e um professor universitário com um programa noturno numa pequena estação de rádio, ambos com grandes problemas familiares, vagueiam pelo obscuro das suas memórias.
Pessoalmente, marquei o livro de forma prematura uma vez que quando leio procuro mais rapidamente por enredos ricos em suspense e ação, tendo sido este o primeiro romance que terei lido, tendo, dessa forma, carimbado prematuramente o livro achando-o, mesmo antes de o começar a ler, entediante tendo, de certa forma, esta análise anteposta influenciado a leitura do mesmo.
Na minha opinião, a amizade travada entre os dois personagens já mencionados, Saldaña Paris e o narrador, apesar de curta em termos temporais será a característica mais notória que une todo o desenrolar da história pois a esperança de ajudar o seu amigo é o que motiva e acompanha o narrador na sua viagem que consiste em descodificar as palavras de Teresa, ex-companheira de Saldaña Paris.
Pelo obscuro das palavras, ao contrário da sua personagem Saldaña Paris que pragmatiza “o problema das palavras […] não é aquilo que podem ajudar a recordar. É aquilo que podem ajudar a destruir.” (Pág. 102), João Tordo não poupa o seu