A atuação do psicólogo escolar no processo de inclusão educacional
Por Zorayda Pinheiro Damasceno Soares
O Psicólogo Escolar, como afirma Rosinete S. Massière,(Psicóloga da instituição Instituto Nossa Senhora da Glória, Castelo. Macaé RJ) é um “especialista no comportamento humano, e o mediador das inter-relações no interior da instituição escolar”, por esta razão é o psicólogo escolar que está capacitado para, em uma ação multidisciplinar, implementar projetos de inclusão e direcionar suas intervenções não somente ao alunado, mas também a outros agentes transformadores da dinâmica que compõem o contexto escolar, como os professores, funcionários em geral e as famílias. Desta forma, a psicologia em uma instituição escolar requer muito mais do que o conhecimento técnico e sua aplicação. Carl Rogers definiu compreensão empática como uma "capacidade de se imergir no mundo subjetivo do outro e de participar na sua experiência, na extensão em que a comunicação verbal ou não verbal o permite. É a capacidade de se colocar verdadeiramente no lugar do outro, de ver o mundo como ele o vê". (Rogers & Kinget, 1977, citado por Gobbi et al., 1998). É nesta compreensão da necessidade de promoção de atitude empática, entre os sujeitos que compõe a escola que encontramos o psicólogo escolar: um facilitador das relações pois que, conforme Patto (1997, p. 319), “a educação para o ‘mundo humano' se dá num processo de interação constante, em que nos vemos através dos outros, e em que vemos os outros através de nós mesmos”. Assim podemos dizer que a compreensão empática é um processo dinâmico que significa a capacidade de penetrar no universo perceptivo do outro, sem julgamento, tomando consciência dos seus sentimentos, sem no entanto, deixar de respeitar o seu ritmo de descoberta de si próprio (Rogers, 1985) E ainda, encontramos a definição de empatia como a capacidade de perceber precisamente onde está a referência interior da outra