A ASSIST NCIA S MULHERES NAS MISERIC RDIAS PORTUGUESAS

INTRODUÇÃO

Este trabalho insere-se na unidade curricular de História das Politicas e das Intervenções Sociais e tem como tema a assistência às mulheres.
Ao longo deste trabalho, irei analisar a assistência às mulheres feita pelas Misericórdias portuguesas ao longo da Idade Moderna, referenciando a assistência às órfãs, às viúvas e às velhas. Também explicitarei como era a vida destas mulheres dentro das instituições, o que faziam e o objectivo. Por sua vez, estará presente a mentalidade da sociedade do século XVII e XVIII e o modo como era encarada a mulher nesta época.
De referenciar também o modo de encarar a caridade, tendo por finalidade a salvação das almas. Assim está presente uma descrição da preocupação da honra feminina por parte da sociedade pós-Tenro. A importância do dote e de como se era merecedora deste.

A ASSISTÊNCIA ÀS MULHERES NAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS (SÉCULO XVI-XVIII)

Em Portugal a assistência ás mulheres era feita em instituições de caridade, designadamente os recolhimentos. O modo como era vista a pobreza feminina partia das estruturas familiares, do mundo do trabalho e das questões do sexo e género. Existia uma grande comparação entre homens e mulheres notória nos salários baixos e na qualificação profissional. Eram as Misericórdias que tinham como função dar assistência ás mulheres e o estudo destas através do internamento em recolhimentos e consequentemente a distribuição dos dotes. O que se pretendia com esta acção por parte das misericórdias era que as mulheres não entrassem por um caminho de perdição e se juntassem ao grupo que não sendo tão significativo existia nesta sociedade, onde algumas mulheres eram vistas como se tivessem perdido a sua honra e viviam aos olhas da Igreja católica em pecado. Também eram auxiliadas mulheres, cujo estado era de viuvez ou de velhice. A assistência ás mulher era feita em diversas etapas da vida directamente ligada á necessidade de preservar a sua honra, ou seja, as