A arte dos corpos coreográficos
O papel dos CC’s
Em uma corporação musical, cada setor tem uma função específica, com propriedades e trabalhos que se diferenciam pelo objetivo individual que cada um deles impõe. Assim como o corpo musical (CM) explora o sentido auditivo, o CC explora o visual. A finalidade deste grupo é contribuir estética e artisticamente materializando o som produzido pelos músicos de forma a criar efeitos visuais impactantes respeitando padrões comportamentais que regem o movimento, sendo o principal deles a marcialidade.
Igualmente ao CM, a formação do individuo busca não só a capacitação técnica para o exercício de suas funções, mas também sua formação cívica e moral já que, durante o desenvolvimento das atividades, são atribuídos valores que nem sempre estão presentes no cotidiano institucional dos envolvidos, seja familiar ou escolar.
Desenvolvendo o trabalho Um bom corpo coreográfico é resultado da associação de muitos aspectos: preparação corporal dos componentes, conhecimento das técnicas utilizadas, mas principalmente de um bom coreógrafo. Desde a captação dos aprendizes até a o dia da apresentação, é o coreógrafo o principal responsável pelo desempenho satisfatório do grupo. Para isso, o conhecimento teórico dos conceitos primordiais da atividade é imensamente importante, pois as composições coreográficas devem atender as exigências mínimas da relação entre o som e o movimento. A mais importante noção e que deve estar bem compreendida para o coreógrafo é a da marcialidade. Trata-se do código de comportamento que norteia todo o movimento das bandas e fanfarras e é herança direta de suas origens militares. As noções de marcialidade orientam não somente o individuo no momento das apresentações, mas devem contribuir para sua formação enquanto ser social absorvendo a disciplina, o civismo e o respeito mútuo em toda sua vida. A relação entre a marcialidade e arte coreográfica nas corporações musicais se estabelece