a agricultura e a antiguidade

Mircea Eliade, em seu texto aborda a relação da agricultura com a religião, dando inicio a partir do ponto do inicio da ‘’revolução’’ agrícola, que segundo o autor, ocorreu por de ~ 8.000 no fim da era glaciária. Por causa de mudanças climáticas e de paisagem que alteraram radicalmente a fauna e flora da Europa ao norte dos Alpes, causando um recuo dos gelos provocando à migração da fauna em direção as regiões setentrionais. Os caçadores acompanharam a caça, contudo a diminuição da fauna obrigou a instala-se nas margens dos lagos e sobre os litorais, vivendo assim da pesca. Inicia-se assim o desenvolvimento de novas culturas que são designadas no Mesolítico. O mesolítico constitui um período crucial para essa revolução, é a época da domesticação dos primeiros animais e dos primórdios da agricultura.

Segundo o autor conhecem-se muito mal as praticas religiosas dos caçadores que migraram para o norte europeu, porém Mircea cita A. Rust a fim de compreender melhor as características desse período. Rust interpreta suas pesquisas de achados de renas submersas e com pedras na caixa toraxica ou no ventre como uma oferenda das primícias apresentadas a uma divindade, provável senhor das feras. Mas não podemos ter certeza de tal interpretação, pois alguns esquimós conservavam as provisões de carne na água gelada dos lagos e dos riachos. Porem essa explicação empírica, dada por Pohlhausen, não exclui a intencionalidade religiosa de um sacrifício por imersão atestado em varias épocas da Europa a Índia.

Constata-se prováveis lugares sagrados pelos caçadores mesolíticos, a exemplo o lago Stellmoor onde foi encontrado vários objetos: flechas de madeiras, ferramentas de ossos, machados talhados em hastes de renas. O que torna muito provável que esses utensílios representem oferendas, como ocorre com os objetos da idade do bronze e do ferro. Observa-se também referencias a refeições- rituais do qual comiam a carne das renas e ofereciam a cabeças desses animais a um ser