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A abundância de recursos hídricos existentes no país contribuiu para o desenvolvimento de uma cultura generalizada do desperdício

Apesar do Brasil possuir 8% de toda a água doce existente no planeta, a crise de abastecimento de água já é uma realidade brasileira e os seus efeitos já podem ser observados. Foi realizado um estudo com diversas entidades do governo (IBAMA, ANA) para avaliar a atuação do Governo Federal na gestão dos recursos hídricos, as perspectivas para o futuro próximo e as medidas preventivas que estejam sendo adotadas para evitar a escassez.

A economia brasileira também já começa a ser afetada e até o setor elétrico está perdendo com a escassez do produto. Os impactos ocorrem também em outros setores como a agricultura, a indústria e a saúde pública.
A agricultura irrigada, por sua vez, apresenta acentuada vulnerabilidade à escassez de água, pois esse é seu principal insumo. Na indústria, o uso de recursos hídricos se torna preocupante quando analisado pela ótica do consumo de águas subterrâneas. Atualmente, 95% das indústrias, condomínios privados, hotéis, hospitais, clubes esportivos, centros de natação e postos de gasolina da região metropolitana de São Paulo utilizam água subterrânea. O impacto disso é que a superexploração dos aquíferos pode estar excedendo à capacidade de recarga desse corpo hídrico, podendo gerar a interrupção futura das atividades e custos elevados na remediação do problema.
Por fim, a saúde da população é diretamente afetada pela falta de saneamento público, principalmente, as classes sociais mais carentes. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que cerca de 80% das doenças são devidas à falta de saneamento.
Diante deste panorama, temos que conscientizar cada vez mais a população para este grave problema.
O combate ao desperdício, o aproveitamento da agua das chuvas, o reuso da agua, a despoluição dos rios, são algumas das alternativas para tentarmos “driblar” de imediato, esta crise.

Represa de Três