A ética cristã na vida pública

A Ética Cristã na Vida Pública

A Ética pode ser definida como o conjunto de normas de comportamento que regulam a vida em sociedade, ou seja, estabelecem formas de comportamento aceitas pelas pessoas que convivem num mesmo grupo social. Embora existam normas que são aceitas em qualquer grupo, ex: não se pode matar o outro, não se pode roubar o outro, etc. Apesar dessa aceitação, existem circunstâncias em que essas normas podem ser infringidas e isto é aceite como normal, ex: numa guerra ou em defesa própria o homem “pode” matar o outro.
Partindo desta definição podemos dizer que a Ética tem como finalidade a procura da dignidade humana e a realização plena da felicidade.
Sabendo que a humanidade hoje vive uma espécie de Idade das Trevas, de crise de valores, de infelicidade geral provavelmente o antídoto para inverter esta situação esteja no ressurgimento da ética como forma comportamental, na transmissão de valores, de princípios da vida em sociedade.
No tempo actual parece que a palavra ética caiu em desuso, as pessoas não têm exemplos de dignidade e são chefiadas nas empresas, na política, nos grupos sociais, no desporto por indivíduos gananciosos, ávidos de poder e sem escrúpulos na sua acção.
É como se a doutrina descrita por Maquiavel se tivesse sobreposto a modelos de vida como Jesus Cristo, S. Francisco de Assis ou Gandhi.
É possível inverter esta situação e tornar o mundo outro lugar: humanizar a sociedade e globalizar (termo na moda para a economia) comportamentos e princípios.
Valores como a verdade, a justiça e o amor serem parte integrantes de todo o homem e a sua busca de pela liberdade, igualdade e solidariedade.
A religião cristã deve ser a precursora destes novos paradigmas e contagiar o mundo com a sua força e chama de mudança.
Todos os cristãos têm um papel diferenciador e precursor na implementação da ética. Se os gregos criaram a filosofia, a ética e a democracia no início do século VI a.C. não quer dizer que sejam ultrapassadas