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Existem registros de que em plena Idade Média (século XIII), durante os terríveis invernos europeus, as pessoas pobres se amontoavam no interior de suas casas com os animais domésticos, todos bem juntos, para aproveitar o calor corporal de cada um. Nessa época as casas dessa gente não tinham nem luz nem qualquer tipo de isolamento térmico, e como porcos, ovelhas, carneiros e outros animais ficavam juntos e agrupados, é perfeitamente aceitável a ideia de que uma jovem mãe, tremendo de frio, pudesse pegar uma pequena lebre que se aninhava a seu lado e deixá-la mamar em seu seio, só para aproveitar o calor que o pelo do pequeno roedor lhe transmitia. Foi dessa forma, assegura a tradição, que as lebres passaram a ser vistas como ótimas companhias. Ao mesmo tempo surgiu na Grã-Bretanha a crença de que as lebres eram criaturas mágicas que traziam boa sorte, nascendo daí a certeza que o osso do pé desses animais, fácil de carregar, curava doenças caso fosse mantido junto ao corpo de quem estivesse sofrendo de algum problema físico.

Existem fontes que acreditam que o uso desse amuleto remonte a totens de clãs africanos.

Uma pista importante para o motivo dele trazer sorte é o coelho Br’er, um trickster mítico africano que aparece como figura folclórica nos mitos do sul dos Estados Unidos da América (e que pode ser visto no filme A Canção do Sul, da Disney, de 1946). Faz sentido que o pé de coelho, sendo o símbolo invocatório de um trickster e suas artimanhas (uma das grandes façanhas do coelho é que quando ele corre, suas patas traseiras alcançam o chão mais à frente das patas dianteiras), de sorte predominantemente para trapaceiros, jogadores e artistas, que são os que mais usos dão a esse amuleto.

Preparação[editar | editar código-fonte]
Não é qualquer pé de coelho que trás boa sorte. Se fosse assim, o coelho não teria perdido o pé (e essa é a desculpa favorita dos que não acreditam nesse amuleto). É preciso seguir uma série de detalhes na preparação do

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