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1658 palavras 7 páginas
Michel de Certeau. A Operação Historiográfica. In: CERTEAU, Michel de. A Escrita da
História. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.

Carlos Eduardo da Costa Campos (NEA/UERJ)1

Nesta resenha almejamos abordar os pensamentos de Michel de Certeau, os quais estão contidos no capítulo referente à Operação Historiográfica, na obra A Escrita da
História. O autor argumenta que a História seria ao mesmo tempo uma disciplina, uma prática e uma escrita (CERTEAU,1982,p.66). Através destes pontos nós veremos ao longo desta análise quais seriam as concepções de Certeau sobre a História e o historiador.
Vamos neste primeiro momento efetuar uma breve apresentação do autor, segundo os pensamentos da historiadora Leila Maria Massarão. No artigo Michel de Certeau e a Pós-Modernidade: Ensaio sobre pós-modernidade, História e impacto acadêmico,
Massarão destaca que Certeau fez parte da Terceira Geração dos Annales2. Massarão aponta para o fato de que Michel de Certeau ter sido um estudioso da religiosidade francesa dos séculos XVI e XVIII 3. As suas reflexões sobre a multiplicidade cultural, as práticas sociais e as teorias da História foram grandes contribuições do autor para a historiografia.
No capítulo introdutório sobre a operação historiográfica podemos perceber que o historiador possui como sua função dar voz ao não - dito. Através do campo teóricometodológico o profissional da História constrói e confere sentido a um determinado acontecimento ou artefato, o qual sendo visto fora do seu contexto não nos apresentaria uma informação relevante.
Ao analisarmos a História como uma disciplina se poderia pensar que ela faz parte de um lugar social. Segundo Certeau: “A escrita da história se constrói em função de uma instituição” (CERTEAU,1982, p. 66). O autor baseia sua argumentação no fato de que é através dos interesses da instituição que a História enquanto uma disciplina vai se organizar.

Aedos - ISSN 1984- 5634
http://www.seer.ufrgs/aedos

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