weber ciencia como vocaçao
Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lheé peculiar, tal como é peculiar a todo outro agrupamento político, ou seja, o uso dacoação física.Todo Estado se funda na força, disse um dia Trotski a Brest-Litovsk. “Se só existissemestruturas sociais de que a violência estivesse ausente, o conceito de Estado teriatambém desaparecido e apenas subsistiria o que, no sentido próprio da palavra, sedenomina anarquia”. A violência não é, evidentemente, o único instrumento de que valeo Estado - mas é seu instrumento específico.O Estado se transforma, portanto, na única fonte do direito à viol6encia. Por políticaentenderemos, conseqüentemente, o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados seja no interior de umúnico Estado.O Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundadano instrumento de violência legítima. O Estado só pode existir, portanto, sob a condiçãode que os homens dominados se submetem à autoridade continuamente reivindicada pelos seus dominadores.A seguir descriminaremos as três razões internas que justificam a dominação:1) O poder tradicional; onde o patriarca ou senhor de terras, outrora exercia.2) O poder Carismático: onde o carisma - que se funda em dons pessoais extraordináriosde um indivíduo, devoção e confiança estritamente pessoais depositadas em alguém quese singulariza por qualidades prodigiosas, por heroísmo, ou por outras qualidadesexemplares que dele fazem o chefe. Exercido pelo profeta, pelo dirigente guerreiroeleito, pelos soberanos escolhidos através de plebiscito.3) Poder da legalidade; fundada na obediência, nas regras racionalmente estabelecidas,que reconhece obrigações