Walden II crítica
O livro conta a experiência de um grupo de pessoas que visitam Walden II, comunidade completamente diferente das demais do mundo contemporâneo. É um lugar onde as pessoas são, desde a infância, educadas de acordo com uma ciência comportamental, construindo uma sociedade teoricamente perfeita. As atitudes de seus moradores são observadas e colocadas para experimento, hábitos que precisam ser mantidos são estimulados e reforçados, e problemas, mesmo não ocorrendo com frequência, são estudados e pesquisados para que seja encontrada a solução ideal.
É notável a crítica que o livro faz sobre o capitalismo, sobre os males da sociedade em que vivemos, sendo eles derivados de diferentes personalidades e modos de pensar, ou até defeitos que nos tornam semelhantes. Em Walden II não existe tendência ou moda a seguir, hierarquia no trabalho, injustiças ou desorganização. Há equilíbrio entre razão e emoção, e os indivíduos são controlados para que ajam, sintam e pensem igualmente, de modo a não criar divergências. Existe uma manipulação por estímulos nos moradores de Walden II, desde o nascimento, e durante a infância, fase extremamente importante para aprendizado e fixação de regras de conduta. Faz-se o trabalho de nunca desenvolver contingências negativas. O reforçamento positivo mantém apenas as características desejáveis, de modo que as indesejáveis sejam extinguidas, de forma que se molda o indivíduo sem influenciar diretamente na sua felicidade, uma vez que ela cresce convivendo com o projeto e não sofre com suas intervenções.
Ao longo da obra, Frazier, criador de Walden II, apresenta a sociedade para os professores Burris e Castle. Os membros de Walden II vivem em harmonia e cada um tem sua função, de acordo com habilidades e dons. Com os estímulos dados a comportamentos devidos, eles crescem intelectualmente, ficando livre de “defeitos”. Não há segregação ou exclusão, a coletividade