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1168 palavras 5 páginas
Resenha

1968: O que fizemos de nós
Zuenir Ventura, São Paulo, Planeta do Brasil, 2008, p.222.
Geanne Lima
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação – PPGC/UFPB. Bolsista Capes e pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre o Cotidiano e o Jornalismo (Grupecj/UFPB).
E-mail: glimabatista@hotmail.com

Passados 20 anos de 1968: o ano que não terminou, Zuenir Ventura contempla o leitor com o segundo volume intitulado 1968: o que fizemos de nós. Dessa vez, o autor faz algumas reflexões sobre o ano de 1968 e questiona sobre quais as heranças que a geração atual tem daquela época, e como essa herança está sendo usada.
A obra é dividida em duas partes – a primeira, com o título de 68 após 68, contém oito capítulos. O primeiro capítulo, Reflexos do baile distante, é baseado no depoimento de três mulheres remanescente da geração de 68: Maria Lúcia Dahl, Maria Clara Mariane e Maria
Carneiro. Estas falam de liberdade, feminismo, individualismo, virgindade, e outros aspectos sociais que foram inaugurados pela geração de 68.
No segundo capítulo, A falta de bússola, o autor fala do perfil dos jovens da década de oitenta e noventa, seus costumes, suas ideologias etc. Esse momento traz um depoimento da socióloga Maria Isabel Mendes de Almeida, afirmando que o roteiro dos jovens de hoje está bem distante de questionamentos políticos e culturais. Para a socióloga Maria Isabel, os jovens não querem ruptura e sim continuidade: “A geração atual tem tudo do que precisa e por isso se apresenta cheia de ambigüidades e paradoxos”. Ela ainda afirma que a geração pós
68 é mais voltada para a técnica e esse é um dos motivos que a torna mais solitária e individualista. A internet é uma das maiores colaboradoras para esse tipo de comportamento.
Os jovens podem passar de doze a quatorze horas navegando por informação e relacionamentos. O terceiro capítulo, intitulado A culpa é de 68, vem seguido de depoimentos de filhos de militantes que ressaltam como ainda se

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