Visão de mundo

O texto trata sobre a questão da qualidade da pesquisa científica em administração no Brasil, especificamente dos critérios utilizados na avaliação de trabalhos apresentados em congressos ou publicados em campos das publicações acadêmicas. No inicio se fala sobre o crescimento quantitativo da pesquisa em administração e as limitações desta mesma produção, logo depois uma pesquisa empírica, realizada a partir de publicações científicas, notáveis e avaliadores do campo no Brasil. A pesquisa teve como objeto a utilização de critérios de avaliação e revelou um quadro de grande diversidade quanto aos critérios aplicados e aos significados a eles atribuídos. Como resposta a esta situação, propomos um modelo de critérios, a ser utilizado na avaliação de trabalhos científicos em administração no Brasil. O texto em questão e adaptável a diferentes contextos e finalidades, o fortalecimento do campo da administração no Brasil requer critérios de avaliação mais claros e bem definidos, e que é chegado o momento, após o recente crescimento quantitativo, de uma reflexão em prol da qualidade da produção científica.
Em 2008 havia no país 2.588 programas de pós-graduação, enquanto que na década de 60 eram apenas 38 cursos (SANTOS, AZEVEDO, 2009). Da mesma forma, a produção científica também aumentou, tem-se observado crescimento quantitativo e não qualitativo nos trabalhos publicados, um assunto com tema de estudo em diversas áreas, e por diversos autores (BERTERO, CALDAS, WOOD Jr., 1999). Ao analisar os trabalhos que visam estudar o estado da arte em Administração, concluem que a produção nesta área “é periférica, metodologicamente deficiente, sem originalidade e pratica, conclusão semelhante apresentada por Caldas, Tonelli, ao estudarem os artigos científicos publicados na década de 90 na área de recursos humanos, “uma pesquisa que cresceu mais no volume do que na qualidade, funcionalista e empiricista, metodologicamente questionável, com predominância de pesquisa