Viollet-le-Duc e o Verbete Restauração - Beatriz Mugayar Kühl

Texto: Viollet-le-Duc e o Verbete Restauração - Beatriz Mugayar Kühl

Quando falamos em teoria do restauro temos como ícone Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc, no qual influenciou uma gama inestimável deixando sua marca pessoal a toda a área da teoria da restauração.
Atuando principalmente na época do Renascimento, época esta cujo restauro vinha se firmando como ciência, Viollet trouxe grande contribuição pois, as noções voltadas para as construções de Antiguidades vinham de definindo na Europa durante do século XVIII, juntamente com a Revolução Industrial e as ideias do Iluminismo. Na pós-revolução, muitos edifícios medievais foram destruídos e inúmeros relatórios sobre vandalismo na década de XVIII tiveram notória importância e foram de fundamental importância para a tomada das primeiras medidas do Estado que visavam preservar monumentos históricos.
Tendo como base o panorama histórico da França do inicio do século XIX, a arquitetura oficial seguia a estética acadêmica e clássica e neste ambiente surgiam novas idéias voltadas para a arquitetura gótica buscando novos caminhos para a produção arquitetônica e em a restauração vinha se estabelecendo como ciência a partir de Viollet-le-Duc.
Depois que o arquiteto se firmou, depois de suas inúmeras viagens conhecendo ateliês, passando por escolas de desenho e Escolas de Belas Artes, Viollet teve sua vida, constitui família e depois de suas andanças, foi aprofundando seu conhecimento em arquitetura clássica, na grega em particular. Mas, foi com sua indicação para o Ministério do Interior para restaurar a Igreja de Vézelay que ele iniciou e os trabalhos se multiplicaram. Ele chegou a participar de varias missões para o Serviço dos Cultos, um diferencial dos serviços de restauração franceses no período era o fato de as igrejas serem de responsabilidade do Serviço dos Cultos.
Também foram publicados o “Entretiens sur L’Architecture” e o “Dictionnaire Raisonné del l’Architecture Française du XI au XVI”, estes