Violencia nas redes sociais
A internet amplia as possibilidades de ofensas, que são difíceis de ser coibidas
Brasília – O acesso fácil e quase sempre sem o controle dos pais transformou redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut em poderosa ferramenta sem filtro para as agressões e ameaças contra professores. Cada vez mais conectados, crianças e adolescentes irritados com seus professores usam seus perfis na internet como principal plataforma para xingar e até ameaçar professores. O cyberbullying, como é conhecido o fenômeno de humilhar e ridicularizar pessoas na rede, já é considerado uma forma de agressão que também preocupa educadores. Porém, por ser uma prática relativamente nova, especialistas explicam que ainda não há diagnósticos consistentes para avaliar o problema. Segundo eles, é ainda mais difícil coibir e punir os infratores no mundo virtual.
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Professores afirmam que já foram vítimas ou conhecem pessoas que foram alvo de agressões na internet. O docente Hudson Paiva, de 33 anos, vê as redes sociais como um estímulo para as agressões físicas na escola. “O alcance é muito grande. Quando a agressão, a discriminação e a falta de respeito começam na rede, logo geram comentários e podem influenciar atitudes reais”, avalia. As motivações para o cyberbullying são corriqueiras, a exemplo de muitas agressões físicas. Os alunos reclamam de notas baixas, aulas chatas, broncas recebidas em sala de aula.
O professor de história e geografia William Fogaça, de 51 anos, mantém alunos como amigos nas redes sociais, mas conta que foi orientado pela direção da escola a não fazer isso. “Nas redes sociais ficamos mais expostos. E podemos