violencia contra mulher

Dizer que a roupa da mulher ‘’sensual ou mais ousada’’, influência o estupro, fere não somente a liberdade de escolha de cada uma, mas também acaba por amparar e perdoar quem comete tal crime, relativizando a atrocidade. De acordo com os dados do Brasil, do perfil da população feminina que sofre com o estupro, pode-se dizer que a veste nada tem haver com o crime. As vítimas, na maioria das vezes, crianças menores de 13 anos, convivem com seu agressor dentro de casa, e os estupros que ocorrem na rua, revelam que a vítima, neste caso, estava em situação absolutamente rotineira, com roupas adequadas para trabalhar, estudar, e etc. O artigo 213 da Constituição Federal de 1988 define o estupro, como sendo o ato de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, mas, apesar disso, a sociedade, por vezes, busca meios de justificar o crime, como por exemplo, afirmando que o comportamento feminino faz com que a mulher tenha chances de ser estuprada, sendo a roupa a verdadeira causa do estupro. Este pensamento impregnado na sociedade atual é completamente errôneo, pois, apesar de a mulher ter a plena liberdade de se vestir como quiser, os casos de estupro revelam uma realidade que não condiz com essa percepção arcaica e machista.

Em dados do IPEA 50,7 % das vítimas de estupro são menores de 13 anos. . Ao analisar o grau de parentesco no grupo de crianças estupradas, foi visto que o pai foi o responsável por 11,8% dos casos. Padrastos foram os agressores em 12,3%. Neste caso, pode-se chegar à conclusão, de que a roupa não contribui para o crime, pessoas que convivem com essa parcela das vítimas, geralmente as veem de diversas formas, e na maioria das vezes, com roupas não curtas ou provocantes. O que realmente acontece é que essas vítimas sofrem abusos por serem vulneráveis e inocentes, e o agressor acaba se aproveitando dessa situação. Outro caso de