Vinculação
John Bowlby inspirou-se na Psicanálise de Freud e concebeu uma teoria para explicar as diferentes interacções que se estabelecem entre mãe e filho, a que deu o nome de Teoria da Vinculação. Esta teoria compreende os aspectos afectivos e comportamentais da vinculação, sublinhando as origens evolutivas e os objectivos biológicos do comportamento.
Bowlby define vinculação como a ligação da criança à pessoa que cuida dela e acrescenta que é o resultado da activação de um sistema comportamental que tem como objectivo a manutenção da proximidade. Existem dois tipos de comportamentos vinculativos:
Sinalizadores: chorar, sorrir, palrar e chamar;
De aproximação: aproximar, seguir, trepar e chuchar;
Bowlby sugere que estes comportamentos de vinculação têm uma função biológica de sobrevivência e protecção e que, portanto, devem ser entendidos à luz de uma perspectiva evolutiva. A sua activação depende de diversas condições como o estado da criança, o comportamento da mãe e as condições ambientais que envolvem ambos.
DESENVOLVIMENTO DA VINCULAÇÃO
1ª FASE – Do nascimento aos 2 meses
O bebé apresenta respostas (comportamentos) indiscriminadas.
2ª FASE – Dos 2 aos 6 meses
O bebé tem comportamentos orientados para o seu prestador de cuidados habitual.
3ª FASE – Dos 6 aos 24 meses
O bebé mantém-se próximo da figura de vinculação manifestando os seguintes comportamentos vinculativos: locomoção e sinalização, protesto pela separação (quando a figura de vinculação se afasta dele) e preocupação com estranhos.
4ª FASE – Dos 24 aos 30 meses
O bebé desenvolve uma relação de parceria com a sua figura de vinculação: ele torna seus os objectivos que a figura de vinculação ambiciona. Ao mesmo tempo, o bebé orienta-se a partir do comportamento da sua figura de vinculação. Mary Ainsworth inspirou-se na Teoria da Vinculação desenvolvida por Bowlby e interpretou a relação do bebé com a mãe tendo por base o sentimento de