VIGIAR E PUNIR

1090 palavras 5 páginas
VIGIAR E PUNIR
Estudo sobre o Capítulo I – O Corpo dos Condenados, Primeira Parte - Suplício da Obra ‘Vigiar e Punir – nascimento da prisão’ do autor Michel Foucault
Isabelle Ignácio e Lucas Tillwitz
Palavras chaves: Punição, Justiça, Estado, Corpo, Poder. O capítulo I da obra ‘Vigiar e Punir – nascimento da prisão’, de Michel Foucault, tem seu início na descrição da punição do crime de Robert-François Damiens, camponês francês condenado por tentativa de parricídio contra o Rei Luís XV em 1757 (parricídio porque o Rei, na França, era considerado o pai de todos). A descrição é chocante e bastante mórbida, retratando com fidelidade a ação da Justiça Francesa do Séc. XVIII. Em seguida, são apresentados os artigos que coordenam uma detenção penal juvenil na mesma França, apenas três décadas depois, já no Séc. XIX. Nesta, impera a ordem e o controle das ações dos jovens enquanto na detenção. Não há mais a punição física per si - que encontra no flagelo do corpo o seu meio-fim -, mas a limitação da liberdade individual. Estabelece-se, intencionalmente, uma relação de comparação entre ambos cenários, que sinaliza uma mudança significativa na forma de punir. O que Foucault objetiva ao longo de seu livro é responder o porquê da transformação. É importante observar que a resposta à pergunta possui diferentes variáveis que a constroem. A mudança na forma de exercer o poder que a monarquia francesa enfrentava é uma delas. Na monarquia, a figura real encarnava os aspectos que circundavam a vida da população. A justiça monárquica era o Rei e as formas punitivas eram a representação da vontade do soberano. A lei, por ser o Rei, explicava e justificava as formas, ainda que brutais, de punição da época. As punições possuíam e invocavam elementos teatrais, onde a execução da pena se dava de forma pública, aos olhos de todos e de todas. Assim, a submissão por parte da população se dava através do terror da execução e do “aprendizado pelo exemplo” – afinal, quem gostaria de

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