vigiar e punir

Em Vigiar e Punir (FOUCAULT, 1975), o autor trata sobre o tema do poder de punição. Ele nos mostra como o conceito de punir se transformou ao longo dos séculos, desde a Idade Média até os dias mais atuais, abordando sobre a institucionalização do poder, e nos apresentando como esse mesmo poder atravessa e adquire ser espaço em todas as relações sociais. O autor inicia sua obra relatando a técnica de punição da época, chamada de “suplício” no século XVIII, ano de 1757, comentando a forma como era feito os esquartejamentos e tortura em vários detalhes. Dessa forma é claro para o leitor que com o passar do tempo, a execução pública era vista como uma forme de acender a violência. Ao final do século XVIII, percebeu-se que esse método de punição já não era o devido para penalizar os infratores, porque além do início do reconhecimento dos direitos e garantias fundamentais do homem, verifica-se um aumento nos crimes de natureza patrimonial. Assim substitui-se o suplício pelo trabalho pelo corpo e força do homem, porque eram produtivas para a sociedade, e exaustivas para os condenados.
Porém, esse método de punição não durou por muito tempo, porque a grande massa analfabeta continuava miserável. Dito isso, surge a necessidade da reconfiguração do poder de controle do Estado, que se transformou do medo do suplício para coação dos corpos inúteis dos trabalhadores, que se deu o nome de Poder Disciplinar. O poder disciplinar torna os corpos adestráveis, consequentemente, facilmente controláveis pelo Estado para a geração de riquezas e fortalecimento da economia. São através dele que se controlam os indivíduos, de acordo com o que o Estado necessita.
No entanto, para controlar o indivíduo é preciso identifica-los e separa-los, formando grupos distintos, para o estado poder controlar. O poder disciplinar funciona com três elementos básicos: vigilância hierárquica (olhar de um superior), O castigo para restabelecer a ordem e o exame (prova que classifica o sujeito).
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