Vida e Obra de Raymundo Faoro

778 palavras 4 páginas
1 - Raymundo Faoro nasceu em Vacaria, no Rio Grande do Sul, em 27 de abril de 1925. Ele observou e sintetizou o século XIX e os primeiros anos do século XXI no Brasil mercantil. A vida cotidiana, os domicílios, os transportes, as comunicações, a alimentação e o vestuário passaram por transformações radicais. As demandas por direitos, trabalho, terra, saúde, educação, luxo, entretenimento e lazer se generalizam e se conflitam em uma realidade cotidiana radicalmente diferenciada pelos padrões de acumulação de pobreza para a maioria, de riqueza para poucos e de prestígio para pouquíssimos.
Formou-se em Direito, em 1948, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Transferiu-se, em 1951, para o Rio de Janeiro, onde advogou e prestou concurso para a Procuradoria do Estado, de onde se aposentou.
Colaborou na imprensa desde o tempo de estudante universitário. Foi co-fundador da revista Quixote, em 1947, escreveu para diversos jornais do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Além de jurista, foi um dos mais importantes cientistas sociais brasileiros, autor de ensaios de direito e ciências humanas. Referência obrigatória na teoria política do Brasil contemporâneo, Faoro conquistou o respeito dos intelectuais do país através de suas análises críticas do Estado, que contribuíram para o desenvolvimento da literatura crítica nacional.
Foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de 1977 a 1979. Lutou pelo fim dos Atos Institucionais e ajudou a consolidar o processo de abertura democrática nos anos 70. Com ele a sede da OAB, no Rio, transformou-se num front de resistência pacífica contra o regime militar. Partiu de lá a primeira grande denúncia circunstanciada contra a tortura de presos políticos.
No governo João Figueiredo lutou pela anistia ampla, geral e irrestrita. A casa de Faoro nas Laranjeiras tornou-se lugar de encontro de políticos como Tancredo Neve e Luís Inácio Lula da Silva. Este propôs, sem sucesso, que Faoro entrasse na

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