Vida e Morte

Em vida as pessoas procuram não pensar sobre a morte. Quando se deparam com alguma situação de risco, param para refletir sobre a vida. No filme, A Culpa é das Estrelas a protagonista Hazel, é diagnosticada com câncer. Após um tempo ela conhece Augustus, e é ele quem mostra a ela que não se deve morrer em vida, e que mesmo com as dificuldades deve se correr atrás de seus sonhos e aproveitar cada dia como se fosse o ultimo, pois nunca se saberá quando ele ira chegar. “Pensa que cada dia é teu ultimo dia, e aceitará com gratidão aquele que não mais esperavas” (Horácio). Dando vida aos dias dela, Augustus também com câncer, descobre que sua doença se agravou, e num ato de amor, guarda isso e não conta a ninguém. Porém no fim, depois de realizar todos os sonhos da companheira e dar um novo sentido a sua vida, quem morre é ele. Apesar de ninguém ter controle sobre si e sua vida, o choque em receber a notícia de que se esta com câncer já causa uma morte, ai vai do sentido que cada um dará em vida para sua morte, tem-se o livre arbítrio se fechar e morrer em vida ou viver intensamente sem pensar na morte. O diagnóstico do câncer é recebido com tanto impacto que desencadeia uma série de reações, na maioria das vezes pessimistas, se ligando a morte, como causa e conseqüência, rompendo o equilíbrio individual e familiar, ai vem o sentido de vida. Imaginar que após a morte pode existir vida, ou refletir sobre tudo que viveu até hoje e fazer diferente, ou então dar o melhor de si para causar vida em quem está ao seu redor.
De acordo com Montaigne em seu texto De como filosofar é aprender a morrer, apenas a palavra morte já deixa as pessoas apavoradas, se benzem como se ouvissem falar do diabo, procuram-se sinônimos para falar dela como: bateu as botas, se foi, parou de viver, viveu. Fazem de tudo para não se referir à morte. Para o filosofo deve-se compreender que a morte não é um mal, para viver as pessoas precisam primeiro aprender a morrer, a lidar com a morte em si.