Vida Para Consumo Bauman

Em Vida para consumo, Bauman dá exemplos de nossa sociedade cada vez mais ‘plugada’, ou, sem fio. Os exemplos das ‘redes sociais’ e da tecnologia como seleção se conjugam na necessidade de promover mercadorias atraentes e desejáveis. O produto que está sendo colocado no mercado são as pessoas. Essa comodificação, que é a transformação em commodity significa a mercantilização das várias faces da nossa existência, de nós mesmos e de tudo o que nos rodeia e marca o fim da sociedade de produtores e sua passagem a sociedade de consumidores
Bauman propõe três ‘tipos ideais’: o do consumismo, o da sociedade de consumidores e o da cultura consumista.

CONSUMISMO
Bauman diferencia os conceitos de consumismo e consumo e estabelece: - O consumo como uma atividade inerente ao ser humano, uma condição ou aspecto permanente e irremovível. Uma característica do ser humano como indivíduo, ao contrário do consumismo, que é uma característica da sociedade.

- O consumismo seria um espaço que se abre entre o ato da produção e do consumo, que passou a ser o propósito existencial da vida humana em tempos recentes, no momento em que nossos desejos, quereres e anseios passaram a sustentar a economia.

O consumismo resulta da reciclagem de vontades, desejos e anseios humanos rotineiros, transformando-os na principal força propulsora e operativa da sociedade. O tempo consumista é pontuado, instantâneo, onde cada oportunidade é única. O motivo da pressa é a necessidade de descartar e substituir.

SOCIEDADE DE CONSUMIDORES
Na sociedade de produtores, a posse de bens que fossem duráveis e seguros e garantissem respeito e conforto eram as principais motivações dos desejos da sociedade, mas essa motivação não se aplica à sociedade de consumidores, que se caracteriza pela insaciabilidade de desejos e urgência em satisfazê-los.
No ambiente da “sociedade de consumidores” ocorre a reconstrução das relações humanas a partir do padrão e semelhança das relações entre os consumidores e os