vermelho como o ceu

O filme vermelho como o céu retrata a historia real de um garoto italiano (Mirco Macacci) que sofre um acidente e perde a sua visão, com isso o medico decide que o garoto não poderá mais freqüentar escolas normais, ou seja, escolas para pessoas “normais”, devido às leis vigentes da época, e o menino deverá ser internado em um instituto religioso para crianças cegas, onde iria aprender uma profissão, que no caso seria a de tecelão. Apesar da resistência dos pais á idéia, foram obrigados a aceitar já que uma escola normal não permitiria a presença da “criança deficiente”, enviar-lo ao instituto era a única maneira de ele continuar os seus estudos. Um instituto com muitas regras e restrições, apesar de o diretor do local também ser deficiente visual, as crianças eram tratadas como incapazes de fazer praticamente tudo, apenas aprender a profissão que lhe era ensinado, ou alguma outra que ele conseguisse (fosse capaz de) aprender e não o que tivesse vontade de aprender.
O filme se passa no ano de 1970, e com base nas aulas de fundamentos da educação especial, pode se perceber que há uma segregação social dos deficientes, o que retrata a fase de institucionalização que, apesar dessa fase ter ocorrido entre o século XVII e o século XIX, de acordo com o contexto do filme que seria a década de 70, vê-se claramente os reflexos dessa fase ainda no século XX. Alem disso também é visível no filme o grande pré-conceito que se tem com as pessoas deficientes, onde as pessoas “ditas normais” vêm com um olhar inferior, e as vezes até mesmo o próprio deficiente tanto vê a si e aos outros , como uns pobres coitados e incapazes, como é o caso do papel do diretor do instituto, que também cego não alimentava nenhuma esperança ou sonho de qualquer criança ali internada, se superar mesmo não recuperando a visão mas alcançando bons resultados naquilo que fizesse, caso não fosse o que os professores do instituto lhe ensinassem.
E isso só mudaria ou mudou a partir do momento em